Atualizado: 03/04/2011 - 4h
Até o Jornal Universitário de Coimbra cobriu os protestos que enfrentaram Lula e Dilma em Portugal contra a hidroelétrica de Belo Monte no rio Xingu, Pará.
Até o Jornal Universitário de Coimbra cobriu os protestos que enfrentaram Lula e Dilma em Portugal contra a hidroelétrica de Belo Monte no rio Xingu, Pará.
Como é de costume, a grande mídia brasileira, atrelada, e nenhum pouco movida do interesse público de bem informar, não deu um pio (com raríssimas exceções) a respeito da manifestação dos estudantes durante a visita de Lula e Dilma na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, os quais protestaram contra a famigerada obra do Programa de Aceleração do Crescimento. (M.B.)
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Barragem na Amazónia contestada
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Por volta das 10h25 chega uma comitiva mais composta do que as anteriores. Mal é avistado o carro, os jornalistas portugueses precipitam-se, sob os protestos dos colegas brasileiros. Quem estava de fora via apenas uma massa humana pontuada por câmaras fotográficas, máquinas de filmar e microfones para todos os gostos. No meio, Dilma Roussef, primeira mulher eleita como presidente do Brasil. Os gritos de apoio abafavam qualquer desesperada tentativa por parte da imprensa de questionar a chefe de Estado. Era o primeiro golo da partida desta manhã.
Mas a euforia não era partilhada por todos os que ali se encontravam. “Em defesa da Amazónia, Dilma pare a barragem de Belo Monte”, podia ler-se numa faixa exibida por um grupo de estudantes brasileiros e portugueses. Protestavam contra a construção de uma barragem na Bacia Amazónica devido “aos impactos irreversíveis ambientais e sociais”, explica Alexandra Silva, doutoranda em Sociologia. “Vários especialistas avaliaram o impacto e são unânimes quanto à incerteza da eficácia energética da barragem e quanto à forma como vai afetar a população indígena”, continua a estudante brasileira.
O objetivo para hoje era entregar a Dilma Roussef e a Lula da Silva um documento com as reivindicações do grupo. Se em relação ao antigo presidente a missão foi cumprida, já Dilma foi um “alvo” de nível mais elevado, tão denso era o aparelho de segurança que envolvia a presidente do Brasil. Os manifestantes concordam que houve avanços durante o mandato de Lula, “mas no ambiente e na reforma agrária foi dos piores”.*
Quando Dilma e o omnipresente batalhão de segurança se preparavam para atravessar a Porta Férrea, as atenções dirigiam-se para as janelas da reitoria. “Lula! Lula! Lula!”. O futuro doutorado acenava à janela, já com as insígnias vermelhas da Faculdade de Direito. A reação é imediata e sublime, como que a lembrar-nos que estava ali o chefe de Estado com maior índice de aprovação do planeta. Segundo golo do jogo.
Por volta das 10h25 chega uma comitiva mais composta do que as anteriores. Mal é avistado o carro, os jornalistas portugueses precipitam-se, sob os protestos dos colegas brasileiros. Quem estava de fora via apenas uma massa humana pontuada por câmaras fotográficas, máquinas de filmar e microfones para todos os gostos. No meio, Dilma Roussef, primeira mulher eleita como presidente do Brasil. Os gritos de apoio abafavam qualquer desesperada tentativa por parte da imprensa de questionar a chefe de Estado. Era o primeiro golo da partida desta manhã.
Mas a euforia não era partilhada por todos os que ali se encontravam. “Em defesa da Amazónia, Dilma pare a barragem de Belo Monte”, podia ler-se numa faixa exibida por um grupo de estudantes brasileiros e portugueses. Protestavam contra a construção de uma barragem na Bacia Amazónica devido “aos impactos irreversíveis ambientais e sociais”, explica Alexandra Silva, doutoranda em Sociologia. “Vários especialistas avaliaram o impacto e são unânimes quanto à incerteza da eficácia energética da barragem e quanto à forma como vai afetar a população indígena”, continua a estudante brasileira.
O objetivo para hoje era entregar a Dilma Roussef e a Lula da Silva um documento com as reivindicações do grupo. Se em relação ao antigo presidente a missão foi cumprida, já Dilma foi um “alvo” de nível mais elevado, tão denso era o aparelho de segurança que envolvia a presidente do Brasil. Os manifestantes concordam que houve avanços durante o mandato de Lula, “mas no ambiente e na reforma agrária foi dos piores”.*
Quando Dilma e o omnipresente batalhão de segurança se preparavam para atravessar a Porta Férrea, as atenções dirigiam-se para as janelas da reitoria. “Lula! Lula! Lula!”. O futuro doutorado acenava à janela, já com as insígnias vermelhas da Faculdade de Direito. A reação é imediata e sublime, como que a lembrar-nos que estava ali o chefe de Estado com maior índice de aprovação do planeta. Segundo golo do jogo.
Clique aqui para ler a matéria completa no Jornal Universitário de Coimbra, A Cabra.
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*Que pontos positivos teve o governo Lula?!
Lula teve pontos positivos para empresários e banqueiros, apenas! Os trabalhadores, juventude e povo pobre nada tem a comemorar com seus oitos anos de (des)governo. Por isso, quem respondeu ao jornal da universidade apontando que Lula até apresentou pontos positivos em seu governo, errou. A dívida do país nunca foi tão grande, apesar das abissais somas de recursos orçamentários enviados religiosamente à banca internacional e nacional.
Os ricos no Brasil ficaram muito mais ricos. Os pobres muito mais pobres. Nisso o governo contou com um aliado importante na arte de mentir, enrolar e tapear o povo: a grande mídia e podemos citar a Tv Globo como exemplo. Uma Tv que nunca soube o que é ter posições de oposição. Sempre apoiou todos os governos desse país, fossem militares ou civis. E apoiou porque sempre precisou dos negócios com o estado para equilibrar suas crises financeiras e obter dinheiros através de investimentos e propaganda.
Lula nunca governou para a classe trabalhadora, esta fora apenas enganada pela fala rouca do antigo dirigente de greves, que chegou lá e chamou de vagabundos trabalhadores que legitimamente faziam suas paralizações.
Lula fez projetos malignos contra a população pobre desse país.
Pagava o bolsa esmola, ao passo que enchurradas de bilhões foram através de finaciamentos e pagametos de juros e amortizações da dívida pública para grandes corporações e para o sistema financeiro internacional.
Lula utilizava seu antigo prestígio de figura da esquerda para enganar os trabalhadores e impedir-lhes de lutar e construir uma nova direção. Foi Lula que tirou da CUT o seu presidente e o colocou no Ministério da Previdência. A mesma Previdência que o PT em uma das captulações mais vigorosas ao modo criminoso de neoliberalizar, privatizou e atacou direitos dos trabalhadores através das Reformas da Previdência.
Lula igualmente a insana Ditadura Militar, que para a Amazônia apresentou os despropositados e irracionais "grandes projetos", deu vida ao projeto de destruição e matança no atacado, chamado de Usina Hidroelétrica de Belo Monte, e infelizmente não só ela, mas dezenas de outras espalhadas pelo país e fundamentalmente na bacia hidrográfica da Amazônia.
Quem fez geografia pelo menos até a quinta série sabe que a Amazônia se mantém através de um ciclo dependente que envolve seu solo pobre que se alimenta do humus formado pelas folhas e materiais das árvores em decomposição; que 50% das chuvas na região é resultado de um processo chamado evapotranspiração, e que portanto, a única vocação para as árvores é manterem-se de pé. Mas Lula quer afogar as árvores e o equilóbrio da grande floresta e seu povo com os reservatórios que serão criados por Belo Monte.
Pesa ainda contra a região que Lula, e agora Dilma, permitiram que avance a destrutiva agricultura de negócios com sua soja trangênica, e também a igualmente corrosiva pecuária e suas queimadas. A Amazônia e seus povos, que sempre foram desrespeitados pelas empresas como a Vale, Albrás/Alunorte, Camargo Correa, Odebrecht, Andrade Gutiérrez, Imerys, etc., etc., e pelos governos ávidos pelo soldo resultante das propinas, por essas corporações pagas, correm muito perigo.
A cada ano a resposta da floresta e do planeta em desequilíbrio apresentam-se através de imponderáveis catástrofes. Foram as chuvas em demasia na Região Serrana do Rio no início do ano. Está sendo assim com as secas cada vez mais impávidas e nunca antes presenciadas, ou então as cheias que tem causado estrago, dor e sofrimentos.
A questão é que a Amazônia e seu povo agonizam, pois continuamos sujeitos a um dos processos mais vergonhosos de rapina de uma única região na história da humanidade. Os cerca de 22% de mata que já foi derrubada da Amazônia fazem muito falta ao planeta.
Precisamos lutar para impedir que mentirosos como Lula e Dilma, venham com a velha tese da Ditadura Militar, que esses projetos são bons porque trarão empregos e desenvolvimento para a região. Nada mais falso!
Para os povos daqui só tem ficado o buraco, as doenças, as mazelas sociais, o aumento da violência e destruição de toda sua cultura.
Lula nenhum ponto de positivo teve em seu governo. Nos miserabilizou em virtude dos seus novos amigos da Paulista e de Wall Street. Não à toa o dono do Itaú havia proposto fazer na famosa avenida de São Paulo uma estátua do presidente traíra.
Em defesa do Xingu vivo para sempre, vamos à luta para parar Belo Monte!
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