terça-feira, 30 de junho de 2009

Honduras: Chamado à greve geral em apoio ao presidente deposto Manuel Zelaya


Do sítio http://www.milenio.com/
Dirigentes de centrais sindicais, camponesas e estudantis assinalaram que a suspensão de atividades se manterá ‘até que se restabelessa a democracia e se restitua a Manuel Zelaya’ que foi vítima de um ‘violento golpe de Estado’.

Segunda, 29/06/2009Tegucigalpa – Organizações populares de Honduras declararam hoje uma paralização dos trabalhos indefinidamente a nível nacional em defesa da recondução presidencial de Manuel Zelaya, deposto e expulso do país por militares.

Dirigentes de centrais operárias, camponesas e estudantis anunciaram em entrevista coletiva, em meio a uma vigília em frente a Casa Presidencial, a decisão de uma greve que começará ‘desde este momento’ e de maneira progressiva em todo país.

Afirmaram que a paralização de atividades se manterá ‘até que se restabeleça a democracia e se resconduza o presidente Zelaya’, que foi vítima de ‘um violento golpe de Estado’.
‘Esta é a posição oficial do movimento organizado de Honduras’, anunciou um dos dirigentes que fez leitura da convocatória da greve nacional.

Carlos Reyes, líder máximo do Bloco Popular – integrado por sindicalistas e camponeses – disse a Notimex que se articularão com organizações do interior do país para que se incorporem o quanto antes à greve geral.

Afirmou que ‘o povo hondurenho respalda o presidente Zelaya e está se manifestando, pacificamente, contra os autores do golpe de Estado.
O representante da Central de Cooperativas Cafetaleras de Honduras, Dagoberto Suazo, disse a Notimex que ‘os membros do movimento popular de todo o país se somam ao passar das horas à resistência contra o golpe de Estado.

Destacou que além de apoiar a luta, camponeses de Olancho e outros departamentos (cidades) empreenderam uma viajem nas próximas horas a capital para participar dos prostestos contra o ‘presidente golpista’ Roberto Michetti.

O deputado Michetti foi designado presidente pelos deputados, após a prisão e expulsão do país no último domingo, do mandatário Zelaya, a quem faltava um semestre para completar seu mandato.
A manifestação pacífica e a coletiva à imprensa ocorriam sem novidade em frente à Casa Presidencial até que as forças da ordem se dirigiram contra os seguidores de Zelaya.


Um oficial do Exército que não se identificou disse a jornalistas, que atuavam em cumprimento a uma ‘ordem superior’ para dispersarem os manifestantes presentes às proximidades da entrada principal da sede presidencial.


Tradução: Marcus Benedito

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