SINDICALISTAS SÃO IMPEDIDOS DE ENTRAR EM FÁBRICA DE ALUMINA NO PARÁ
Vista de entrada da Hydro Alunorte, em Vila do Conde, Barcarena/PA. Foto: link |
O fato ocorreu nesta quarta-feira, 13, quando os sindicalistas fariam valer o resultado de uma consulta aos operários ocorrida semana passada, quando os funcionários que trabalham com resíduos sólidos rejeitaram a proposta da empresa e aprovaram o fim da super exploração, exigindo a volta da quinta turma de operários para esse setor. Hoje o setor de resíduo sólidos funciona com quatro turmas, o que faz com que os trabalhadores laborem por seis dias consecutivos e folguem apenas dois. Com 5 turmas, trabalharão seis dias e folgarão 4.
Ao impedir a entrada dos representantes do sindicato, a empresa, que hoje é de capital norueguês, rasga a convenção 87 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), a qual versa sobre a liberdade sindical. Além disso rompeu com o conceito de trabalho decente formalizado pela OIT em 1999.
Trata-se de grande abuso de autoridade, pois o Brasil e a Noruega são signatários dessa Convenção, onde reafirmam os seus compromissos de respeitar, promover e realizar, de boa fé, os princípios relativos aos direitos fundamentais no trabalho, ou seja, a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva, e a eliminação da discriminação em matéria de emprego e de profissão.
Então como justificar uma truculência partindo da Hydro Alunorte contra o presidente e o secretário do Sindicato, os quais foram recentemente eleitos e legitimados pelos trabalhadores com a fenomenal marca de 77% dos votos? Será que na Noruega, sede da NORSK HYDRO, eles agem com essa violência contra os representantes dos trabalhadores?
Fica aqui nosso repúdio a toda forma de discriminação e truculência contra aqueles que lutam por direitos e liberdade sindical. Que a Hydro Alunorte respeite seus trabalhadores, pois antes de serem sindicalistas, são funcionários e que com seus trabalhos ajudam a construir há mais de vinte anos esta empresa.
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