terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Infelizmente Almir Gabriel morreu sem nunca ter sido preso

Almir Gabriel recebe visita em dezembro/2012 do prefeito eleito de Belém Zenaldo Coutinho/PSDB.
Lamentamos a morte de Almir Gabriel sem nunca ele ter sido punido pela Justiça do Pará (uma das mais imobilistas e impunes) e do Brasil pelo assassinato de 21 trabalhadores rurais sem terra em 1996 no Sul do Pará.
Almir Gabriel (governador do Pará, 1995 a 2002 pelo PSDB) e Paulo Sette Câmara, então Secretário de Estado de Segurança Pública, ordenaram o uso da violência policial para a desobstrução da PA 170 na altura da Curva do S, município de Eldorado dos Carajás, quando sob o comando do Coronel Pantoja e do major Oliveira, 21 trabalhadores rurais sem-terras foram brutalmente perseguidos e massacrados pelas tropas da Polícia Militar do Estado no dia 19 de abril de 1996.

Ao menos os executores foram presos ano passado. Vale relembrar o caso; leia a seguir matéria do iG São publicada no dia 
Coronel da PM condenado pelo Massacre de Eldorado dos Carajás é preso

O Tribunal de Justiça do Pará determinou a prisão dele e do major José Maria Pereira de Oliveira pela morte de 19 sem-terra
O coronel da Polícia Militar Mário Colares Pantoja foi preso nesta segunda-feira (7) no Pará. Ele foi condenado pela morte de 19 trabalhadores rurais sem-terra em 1996, conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás.


Com o advogado, Pantoja se apresentou no Centro de Recuperação Especial Coronel Anastácio das Neves, em Santa Izabel, nordeste do Pará.

Nesta segunda-feira, o Tribunal de Justiça (TJ) do Pará determinou a prisão dele e do major José Maria Pereira de Oliveira .
 
O juiz Edmar Pereira, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, mandou expedir nesta manhã os mandados de prisão contra os dois militares. Pantoja foi condenado a 258 anos e o major Oliveira a 158 anos e 04 meses de prisão.

Os únicos condenados entre os 149 policiais acusados do massacre, Pantoja e Oliveira apresentaram diversos recursos nos tribunais superiores que permitiram a permanência em liberdade desde a condenação, em maio de 2002, até hoje.

No texto da decisão, o juiz considerou o “exaurimento das vias recursais perante o superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal”. 

Pantoja vai ficar preso em cela coletiva no Centro que só acolhe funcionários públicos.


Foto: Futura Press Cruzes no TJ-SP representam os 21 sem-terra mortos em Eldorado de Carajás

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