Do blog do João Pedro PSOL:
A velha trupe tenta manter a história enterrada
José Sarney, Presidente do Senado pela milésima vez, que também é dono do Amapá e do Maranhão, defendeu nesta segunda (13) a manutenção do sigilo eterno sobre documentos oficiais históricos como forma de evitar que “feridas” sejam abertas no coração da nação brasileira.
O presidente do Senado apoiou posicionamento da nova ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que assumiu o cargo nesta segunda. Em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Ideli disse que a presidente Dilma Rousseff vai patrocinar no Senado uma mudança no projeto que trata do acesso a informações públicas para manter a possibilidade de sigilo eterno para documentos oficiais.
Segundo Ideli, o governo vai se posicionar assim para atender a uma reivindicação dos ex-presidentes Fernando Collor (PTB-AL) e José Sarney (PMDB-AP), integrantes da base governista. A discussão sobre documentos sigilosos tem como base um projeto enviado ao Congresso pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2009.
No ano passado, a Câmara aprovou o texto com uma mudança substancial: limitava a uma única vez a possibilidade de renovação do prazo de sigilo. Com isso, documentos classificados como ultrassecretos seriam divulgados em no máximo 50 anos. É essa limitação que se pretende derrubar agora.
‘Vamos amar um pouco o país’
Para Sarney, “questões históricas devem ser encerradas”. “Acho que os nossos antepassados nos deixaram um país com fronteiras tranquilas, sem nenhum atrito com países que tenham fronteira com o Brasil. A nossa história foi construída não com batalhas, foi construída com a capacidade de os nossos antepassados de negociarem a formação do país, de maneira que tenho muita preocupação de que hoje tenhamos oportunidade de abrir questões históricas, que devem ser encerradas para frente em um interesse nacional.”
Para Sarney, “questões históricas devem ser encerradas”. “Acho que os nossos antepassados nos deixaram um país com fronteiras tranquilas, sem nenhum atrito com países que tenham fronteira com o Brasil. A nossa história foi construída não com batalhas, foi construída com a capacidade de os nossos antepassados de negociarem a formação do país, de maneira que tenho muita preocupação de que hoje tenhamos oportunidade de abrir questões históricas, que devem ser encerradas para frente em um interesse nacional.”
O presidente do Senado ainda disse que “ultimamente” as pessoas se acostumaram a “bater” no Brasil e pregou o amor ao país: “Devemos olhar o Brasil. Ultimamente, todos nós nos acostumamos a bater um pouco no nosso país. Vamos amar um pouco o país e preservar o que ele tem. Não vamos abrir essas feridas do passado, da história.”
Dilma protagoniza um governo à la FHC
Aqueles que, assim como eu, reclamavam do velho Lula, estão surpresos com as guinadas à direita que o governo Dilma vem dando. Talvez por não ter a mesma força política de Lula, a presidenta Dilma, vem fazendo concessões grandes a gente como Garotinho, Maluff, Sarney e Collor, todos da base de sustentação do seu governo cada dia mais neoliberal.
Nos primeiros meses de governo a presidenta já cedeu à bancada da máfia religiosa, e vetou o projeto de combate à homofobia nas escolas.
Na discussão do novo Código Florestal, Dilma também teve que abrir mão de muita coisa para os ruralistas.
O recente ataque aos projetos que visavam dar publicidade as nefastas páginas da história brasileira, mostra que quem um dia lutou contra a ditadura, luta hoje pra salvar a pele dos ditadores.
o conhecimento pleno do que ocorreu nos porões da ditadura durante, principalmente, os anos de chumbo é importante para se evitar a repetição da barbárie. Um país que não conhece sua História está fadado a repetir os erros.
Uma mulher que já foi presa pela ditadura, agora patrocina a manutenção da obscuridade que ainda paira sobre esse período.
Lametável.
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