Unidos pela privataria. |
Na última terça-feira, 8, o
Ministério dos Trasportes publicou no Diário Oficial da União o autorizo de
estudos para a duplicação da BR 316. O pedido foi feito ainda em 2014 pelo
senador Jader Barbalho (PMDB). Inicialmente poderia parecer algo benéfico, contudo
onde tem Jader, os dois pés atrás é mais do que recomendável.
A
notícia foi comemorada pelo parlamentar e foi destaque nos veículos de
comunicação de sua propriedade. O Diário do Pará assim destacou a notícia dia 09 de março:
"Mais recentemente, por meio de ofício
endereçado diretamente à presidente Dilma Rousseff, no início deste ano, o
senador solicitou, ao governo federal, a inclusão da BR-316 no Programa
Nacional de Desestatização (PND) e no Programa de Investimento em Logística
(PIL). Este último prevê, por sinal, uma série de ações para desenvolver e
integrar os modais de transporte rodoviário, ferroviário, aéreo e hidroviário,
dentro do moderno conceito de multimodalidade que o senador vem defendendo
obsessivamente para integrar as diferentes regiões do Estado.".
Eis o x da questão! Trata-se de solicitação de estudo para
viabilidade técnica das duplicação da BR 316 em um trecho de cerca de 200 KM
(de Castanhal a Capanema) que será incluso no temerário Programa Nacional de
Desestatização, eufemismo grosseiro para privatização. Esta sim é a verdadeira obsessão
do ex governador Barbalho.
O Pará tem um dos piores Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) e a quarta cesta básica mais cara do país. Esta semana a imprensa
divulgou que o estado é o segundo que mais perdeu postos de trabalho na
indústria. A economia do Pará nunca esteve tão fragilizada e a concentração de
renda tão alta, no entanto, o que vislumbram as elites? Transferir a conta
dessa crise para a população.
Com a duplicação da BR, cujo argumento seria salvar vidas e
reduzir o número de acidentes na "região mais movimentada do Pará", o
que Jader e o governo Dilma (PT-PMDB) pretendem é instalar uma série de postos
de pedágio, privatizando o direito, sagrado na Constituição Federal (1998), de
ir e vir da população.
O que resta é saber se os paraenses estão dispostos a mais
esse ato de lesa pátria, pois dinheiro dos cofres públicos, como do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), serão utilizados para
esse gigantesco investimento, para que no final, a estrada, toda duplicada e
pavimentada, seja entregue "de mão beijada" a algum grupo econômico
ligado aos políticos interessados nesse pleito.
O sinal de alerta está ligado. Ou a população se apodera
dessa traquinagem ou todo mundo vai saber o quanto dói no bolso ter que dar um
pulo aqui do lado.
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