por Júlio Miragaia*
Dentre as inúmeras acusações de corrupção, propina e irregularidades, apresentadas na delação premiada do senador Delcídio Amaral, ex-líder do governo Dilma no congresso nacional, está a questão da usina hidrelétrica de Belo Monte.
A denúncia, homologada na última terça-feira, dia 15,como parte do acordo para abrandar a pena de Delcídio, trata de fraudes no processo de leilão da usina e na compra de equipamentos para a obra. As maracutaias geraram uma quantia que pode chegar em 20 milhões de reais em contribuições ilícitas para as campanhas do PT e PMDB.
Sobre a trágica situação, posto aqui um poema que publiquei um tempo atrás sobre a tragédia chamada Belo Monte.
Memorial do Fruto Migratório II
Trouxe
Nos seus braços
De desenvolvimento
O rio da morte.
Nos seus braços
De desenvolvimento
O rio da morte.
Floresceu
Alojamentos,
Cimento
E casa de turbina.
Alojamentos,
Cimento
E casa de turbina.
Trouxe,
Acelerado
E forte,
O rio do lucro.
Acelerado
E forte,
O rio do lucro.
E garimpou
No empreendimento
Frutos de rapina.
No empreendimento
Frutos de rapina.
Trabalhou,
Aceleradamente,
O rio da usina.
Aceleradamente,
O rio da usina.
E Trouxe,
Nos braços
De desenvolvimento,
Um sol de Hiroshima.
Nos braços
De desenvolvimento,
Um sol de Hiroshima.
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