“Água e energia não são mercadorias!”
Palavra de ordem no protesto contra Belo Monte em Coimbra.
Com orgulho, desde o final da semana passada eu estava informando no microblog twitter, que estudantes brasileiros protestariam em Coimbra/Portugal contra a construção da catastrófica Hidroelétrica de Belo Monte, na Volta Grande do Rio Xingu, um dos principais e mais belos afluentes do rio Amazonas. No entanto, a pedido dos organizadores, que temiam repressão por parte da polícia portuguesa, solicitaram-me que retirasse as informações do protesto da internet, o que obviamente fiz, pois não gostaria de ser responsável por estragar a recepção de Dil-má e Lula.
Um parêntese! É ou não é uma piada pronta uma universidade, como a de Coimbra, conferir título de dr. Honoris Causa a um ex-presidente que nada fez para reverter o humilhante quadro do Brasil que tem mais de 12 milhões de analfabetos. Sem contar os mais de 50/70 milhões que são analfabetos funcionais, ou seja, que ao lerem um texto não conseguem interpretá-lo: não conseguem explicar coerentemente o que acabaram de ler.
Um país rico, mas com a maioria do seu povo muito pobre. Um presidente que era pobre e governou apenas para os ricos. Uma universidade e sua maldade com o povo brasileiro ao condecorar um notável inimigo da educação. Se em alguma coisa Lula foi doutor, foi doutor não honoris causa e sim em cau$a própria.
Marcus Benedito, Belém 31/03/11 - 05:23h.
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Do Diário de Notícias Portugal:
Estudantes manifestam-se contra barragem de Belo Monte à chegada de Dilma e Lula da Silva
A presidente do Brasil e o ex-chefe de Estado brasileiro tinham hoje à sua espera, na Universidade de Coimbra, uma pequena manifestação de estudantes contra a construção da barragem de Belo Monte. "Em defesa da Amazónia - Dilma pare a barragem do Belo Monte" era o que se lia numa faixa que empunhavam à porta da universidade. Em declarações à Agência Lusa, Alexandra Silva, estudante brasileira a tirar um doutoramento em Coimbra disse que esta era a forma dos cerca de 15 estudantes brasileiros "e alguns portugueses" mostrarem a sua preocupação com a construção daquela barragem.
"Estamos preocupados com os impactos ambientais que especialistas consideram irreversíveis", disse. Alexandra Silva lembrou que aquela barragem "viola direitos indígenas e direitos ambientais" e lamentou que esteja a ser construída depois de "mais de 30 anos de luta por parte dos movimentos indígenas". A Lula da Silva os estudantes conseguiram entregar um panfleto onde expõem os motivos do protesto. Por seu lado, a presidente Dilma Rousseff, foi recebida com gritos de que "água e energia não são mercadoria".
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Mais informações sobre esse protesto:
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